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Ó abre alas: conheça a trajetória de Jorge Procópio, entusiasta da cultura e do carnaval ferreirense

Casado com a professora Odete Procópio e pai de quatro filhos, entre eles duas professoras, Jorge não esconde a importância do ensino em sua trajetória


Filho de Benedito Procópio e da professora Alaice Aparecida Malaman Procópio, Benedito Jorge Malaman Procópio, o conhecido Jorge Procópio nasceu em Porto Ferreira e carrega consigo desde pequeno a paixão pela música e pela cultura.


Recentemente aposentado após quase três décadas dedicadas ao serviço público, dos quais boa parte no SAEF - Serviço de Água e Esgoto de Porto Ferreira, a trajetória de Procópio se confunde com a história recente do funcionalismo municipal. Ainda que tenha trabalhado na Cerâmica Porto Ferreira, no início da carreira, foi o serviço na Prefeitura que tornou Jorge mais conhecido e querido.


Casado com a professora Odete Procópio e pai de quatro filhos, entre eles duas professoras, Jorge não esconde a importância do ensino em sua trajetória. “A educação foi muito forte na minha vida. Foi o que realmente me respaldou”. Como muitos ferreirenses, iniciou os estudos no antigo Grupo Escolar Sud Mennucci e chegou a ter aulas com a Dona Clarinha e a famosa professora Ruth Teixeira e em sua passagem pela Escola Washington Luiz teve como referência o professor Evilásio Fratini.


Jorge conta que seu pai, seu Benedito, era bom jogador de futebol… E mais! Queria que o filho fosse também. “Mas eu era ruim de bola, eu era o que ficava por último: ‘não tem mais ninguém? Então vem o Jorge”, brinca ele. A habilidade que faltava ao esporte, foi se fortalecendo na música. Desde muito cedo demonstrando interesse na parte instrumental, sua mãe começou a incentivar a prática musical.



Os primeiros acordes no violão, companheiro fiel até os dias de hoje, foram dados na presença de ninguém menos que o próprio professor Isaltino Casemiro. Entre idas e vindas, Jorge aprendeu a tocar violão para nunca mais parar. Quando perguntado sobre suas habilidades com o instrumento, Jorge não abandona a humildade: “Mais ou menos, né? Também não é aquelas coisas! A gente brinca um pouco”.


A paixão pela música está no sangue da família Procópio. Jorge conta que seu avô paterno Juvenal era catireiro. Catira é uma dança brasileira que tem como ritmo musical a batida dos pés e mãos dos dançarinos. “É fabuloso!”. Ele se recorda que na infância morava na esquina da rua 29 de Julho, perto do bar do Biazi, e que lá era frequente a presença de grupos de catira.


Além das catiras, outro evento marcante que desperta lembrança e saudade eram as retretas que aconteciam na Praça Matriz. Nestes dias, o coreto virava palco e as pessoas se juntavam “pra ver a banda passar”. “Aos domingos era o dia da banda, onde se reunia a família. Gente, eu tenho uma saudade disso!”.


Mas a verdade é que a grande paixão de Jorge é o Carnaval, seja ele feito na rua com o histórico Boizão, “é a tradição de Porto Ferreira. Acho que estampa muito o nome de Porto Ferreira!” ou ainda nos saudosos bailes do Porto Ferreira Futebol Clube e depois, mais recentemente, no Clube de Campo, com as marchinhas tocando alto e o povo rodando no salão. “Gente! Era uma coisa de outro mundo aquilo!”.



Depois do Carnaval somente uma coisa poderia unir toda a cidade de novo: as gincanas! A famosa equipe 69 e outras que se formavam, tendo o apoio das “ideias mirabolantes” do professor Humberto Secarini, estão entre as memórias prediletas de Jorge Procópio, que participou também de gincanas na Escola de Comércio, como aluno e como pai.


Inspirado por um hino do carnaval brasileiro, podemos dizer que para Jorge a cidade maravilhosa e cheia de encantos mil, neste caso, não é o Rio de Janeiro… “Porto Ferreira é a minha base, o que eu sou hoje, eu sou ferreirense”. O entusiasta Jorge Procópio sonha com uma cidade cada vez mais cultural. Para que a educação e a música transformem a vida de outros tantos, como fez com ele.


O projeto Porto de Memórias foi idealizado pelo ferreirense e jornalista Felipe Lamellas e se propõe a contar histórias de vida de personalidades marcantes para a cidade, conhecidas ou não. O objetivo principal é resgatar e preservar a memória da comunidade local, contando histórias, causos e lembranças de membros da sociedade, que se confundem com a própria história da cidade.






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