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Conheça a trajetória de Viviane Malaquias Ghidini e sua missão pela doação de sangue

Aos 17 anos, Viviane se tornou doadora de sangue e hoje mantém vivo um trabalho voluntário que leva pessoas para realizarem a doação dos hemonúcleos da região.


Neste 25 de novembro celebramos o dia nacional da Doação de Sangue. A data traz reflexão da importância do gesto solidário e desperta a busca pelo entendimento da importância da prática e também nos provoca reflexão sobre conceitos como empatia, solidariedade e doação. O filósofo e escritor norte-americado Elbert Hubbard expressa bem as vantagens dessa ação. “O amor cresce com a doação. O amor que damos é o único que mantemos. A única maneira de ter amor é oferecê-lo aos outros”, dizia ele.


Em Porto Ferreira, Viviane Malaquias Guidini, filha de Rubens Antônio Malaquias e Fátima Aparecida, mantém viva a esperança de muitas famílias, através de um projeto voluntário, que leva pessoas para realizarem a doação dos hemonúcleos da região. O projeto já permitiu que centenas de pessoas pudessem doar e se tornassem doadoras de sangue e também de medula óssea.



Viviane nasceu em Porto Ferreira e passou toda a infância no Bairro Vila Sibila, estudou na Escola Pedrina Pires Zadra e depois na Escola de Comércio, se formando em Recursos Humanos. Aos 17 anos, observando desde pequena o pai, que participava das campanhas de doação organizadas pela empresa Margirius, Viviane realizou sua primeira doação e por duas décadas foi doadora regular de sangue, até que uma doença autoimune a impediu de continuar doando. “Fui doadora de sangue dos 17 aos 37 anos. Há 4 anos desenvolvi uma doença auto imune chamada Púrpura trombocitopênica Idiopática, que infelizmente impede a doação”.


Mesmo assim, Viviane continua a incentivar e apoiar a causa através do Grupo Doadores de Sangue Alex Tobias, que reúne doadores da cidade e promove excursões para os hemonúcleos da região, como o do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Ela conta que o projeto se formou quando um familiar de uma amiga sofreu um acidente e precisou de doadores de sangue. Segundo ela apesar da partida do jovem, até hoje o grupo mantém vivo o espírito de solidariedade que uniu a todos naquele momento.



“Há mais ou menos 8 anos atrás o sobrinho de uma amiga sofreu acidente de moto. Seu tipo sanguíneo, O-, só recebe de O-. Foi necessário mobilizar o pessoal para que pudéssemos levar o maior número de doadores para o HC em Ribeirão Preto. Foram inúmeros doadores O - e mais pessoas sensibilizadas pelo acontecimento com outras tipagens sanguíneas queriam doar também. Nasceu então o Grupo Doadores de Sangue Alex Tobias, em homenagem a ele, que não se encontra mais conosco”.


“Toda viagem é muito gratificante por conhecer tantas pessoas boas que querem ajudar sem esperar nada em troca, trocam o seu dia de descanso, abdicam de passear, dormir até mais tarde para ajudar e muitas vezes pessoas que eles sequer conhecem. Isso é lindo demais! Foram muitos momentos marcantes”.

Casada com Luis Augusto Ghidini e mãe de Luis Augusto Malaquias Ghidini e Luis Henrique Malaquias Ghidini, Viviane conta que a família sempre apoiou a causa e se emociona ao falar do dia em que seu filho doou sangue pela primeira vez. “Tenho muito apoio da minha família, vários familiares são doadores. Meu filho de 16 anos fez sua primeira doação esse ano! Todos sabem da importância que é esse ato de amor”.


“É inexplicável a sensação de salvar vidas através do sangue, só quem doa sente. Você doa algo que não te fará falta, que salvará a vida de alguém e ainda te ajudará com uma bateria de exames que raramente você fará cotidianamente. Com toda tecnologia que o mundo tem, até hoje não inventaram nada que substitua o sangue. Num mundo onde o preconceito reina a doação de sangue prova o contrário; o negro salva a vida do branco, o homossexual salva a vida do Hétero e o pobre salva a vida do rico”.


O projeto Porto de Memórias foi idealizado pelo ferreirense e jornalista Felipe Lamellas e se propõe a contar histórias de vida de personalidades marcantes para a cidade, conhecidas ou não. O objetivo principal é resgatar e preservar a memória da comunidade local, contando histórias, causos e lembranças de membros da sociedade, que se confundem com a própria história da cidade.


Quais os requisitos para ser doador?

  • Ter idade entre 16 e 69 anos;

  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial;

  • Pesar no mínimo 50 kg.

  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas.

  • Estar alimentado e saudável.

  • A frequência máxima é de quatro doações de sangue anuais para o homem e de três doações de sangue anuais para as mulheres.

  • O intervalo mínimo entre uma doação de sangue e outra é de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.



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