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Na estreia desta nova temporada, conheça a trajetória de Mateus Moda, o mais novo Padre ferreirense

Atualizado: 8 de abr. de 2023

Nascido em um 13 de maio, dia de Nossa Senhora de Fátima e ordenado padre em um 25 de março, dia da Anunciação, Mateus cresceu na Vila Maria e iniciou sua trajetória em uma comunidade mariana, dedicada à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.


“Tu vens, tu vens

Eu já escuto os teus sinais

Tu vens, tu vens

Eu já escuto os teus sinais”


Em uma das mais belas canções brasileiras, Alceu Valença canta sobre um novo tempo, de esperança e fraternidade. A melodia faz referência a uma das mais importantes e tradicionais festas da Igreja Católica, o dia da Anunciação, exatos 9 meses antes do Natal, recordando a visita do anjo Gabriel à Maria.


E foi neste dia, aos 25 de março de 2023, que Porto Ferreira testemunhou a ordenação do jovem Mateus Moda, o mais novo padre ferreirense. Nascido em 13 de maio de 1994, dia de Nossa Senhora de Fátima, e criado na Vila Maria ou como ele mesmo se recorda, a “Vila Querosene”, Mateus trilhou sua trajetória em uma comunidade mariana, dedicada à padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.


“Eu sempre morei no bairro Vila Maria ou Jardim Santa Maria, mais conhecido antigamente como Vila Querosene né, sempre morei aqui, estudei no Sesi e depois o colegial na Etec, quando ela veio para Porto em 2009”.


O filho de seu Airton Moda e de dona Marcília Aparecida Guilherme Moda, iniciou em 2012 o percurso que o levaria ao sacerdócio, participando dos encontros vocacionais e no ano de 2014 ingressou no Seminário Diocesano de Limeira. Porém, o despertar de sua vocação se deu muito antes, com o incentivo de sua mãe.

“Graças a minha mãe, quando eu tinha 8 pra 9 anos, ela falou ‘Mateus, você precisa fazer o catecismo', o que é normal das mães e avós falarem né. A partir disso, eu comecei a ter gosto pela comunidade, comecei a frequentar a paróquia que eu faço parte, de Nossa Senhora Aparecida, que era perto da minha casa”.

Como toda criança, Mateus se recorda das brincadeiras de infância, muitas delas que aconteciam nas ruas do Jardim Santa Maria. “Minha infância foi aqui, brinquei muito, algo que fazia era jogar futebol nos campinhos aqui do bairro, brincar de esconde-esconde com os meu amigos, e hoje cada um seguiu a sua trajetória”.


As responsabilidades, no entanto, vieram cedo, e no início da adolescência Mateus teve a sua primeira experiência profissional. “Comecei a trabalhar com meu pai numa olaria de tijolos, com 13 ou 14 anos, aí depois de um tempo eu vendi sorvetes pra ajudar na renda de casa e aí fui trabalhar numa empresa tradicional daqui, a Margirius”.


Apesar dos compromissos do dia-a-dia ele nunca se distanciou das atividades da Igreja, pelo contrário, foi sempre muito ativo e dedicado a ajudar em celebrações, pastorais, eventos e na comunidade em geral. “Fui coroinha, participei muito tempo de grupo de jovens, ajudava nas quermesses, nas festas que tinham na comunidade, então começou aí meu despertar pra vocação”.



Ao longo destes anos, muitos dos fiéis católicos de Porto Ferreira viram o pequeno e, em certa medida, travesso, Mateus crescer e amadurecer em sua missão. Hoje, de boca cheia e peito estufado, muitos contam orgulhosos a oportunidade que tiveram de fazer parte desta caminhada e testemunhar o nascer e florescer de uma vocação sacerdotal.


“Muitas pessoas marcaram a minha trajetória, muitos agentes de pastorais, catequistas, ministros, leitores, alguns padres, mas na catequese, recorda da minha primeira catequista, que foi a Dorinha, a primeira que me acompanhou na escola da fé”.

Em uma caminhada de mais de dez anos, com formação teórica e prática, Mateus percorreu várias cidades da região, fez estágio pastoral em comunidades de Americana, Artur Nogueira, Limeira e Nova Odessa, esta última, acompanhado pelo Padre Ocimar, velho conhecido dos ferreirenses. “É a mesma igreja, mas cada local tem o seu jeitinho próprio. Existem pequenos choques de realidade nesses deslocamentos. Graças a Deus tudo isso agregou na minha formação, cada um contribuiu um pouquinho”.


Ferreirense de batismo, Mateus deixa por fim sua expectativa para o futuro da cidade e, de forma geral, para toda a comunidade cristã. Evoca a esperança de um novo tempo, assim como aquele anunciado pelo anjo Gabriel e cantarolando por Alceu Valença.



“Como filho desta terra, eu gostaria que as pessoas que aqui moram, vibrantes, não percam isso. O Papa Francisco diz ‘Não deixem que nos roubem a esperança’. Precisamos viver essa esperança e levar ela para as pessoas. Que na nossa cidade, nós não percamos a alegria, não percam o entusiasmo, o desejo de poder ajudar”.

O projeto Porto de Memórias foi idealizado pelo ferreirense e jornalista Felipe Lamellas e se propõe a contar histórias de vida de personalidades marcantes para a cidade, conhecidas ou não. O objetivo principal é resgatar e preservar a memória da comunidade local, contando histórias, causos e lembranças de membros da sociedade, que se confundem com a própria história da cidade.




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